quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carta de despedida

Aconselharam-me a escrever-te uma carta de despedida, e eu achei uma ideia estranha, mas percebi, que para ficar bem comigo mesma, isto teria que ser feito... então cá vai!

Houve alguém que disse que "morremos um pouco de cada vez que perdemos um ente querido" e eu estou a aperceber-me disso agora.
Está quase a fazer um mês que partiste e parece que ainda foi ontem que estiveste cá em casa, alegre, a falar com a minha avó sobre quando eras pequenino, basicamente a recordar... a tua conversa de homem feito fez-me ter um orgulho inexplicável em ti.
Lembro-me de teres dito que agora que tens carro passavas a vir cá mais vezes e pelas piores razões não conseguiste cumprir essa promessa, lembro-me de falares com o meu pai sobre futebol e de tu e o teu irmão terem "discutido" com o meu pai que o Sporting é melhor que o Benfica.
Quando começámos a falar de Londres e do meu sonho de lá ir, disseste que um dia me levarias lá e dói tanto saber que esse dia nunca chegará, que nunca irei a Londres contigo.

No dia em que partiste, foi o meu primeiro dia de aulas e eu estava super feliz, afinal estou numa escola nova com pessoas novas, e quando cheguei a casa fui pintar as unhas. Queria ter ido ter contigo e com o teu irmão, mas fui à janela do quarto e consegui ver-vos a jogar futebol, então achei melhor não ir chatear-vos. Se eu soubesse que aquela seria a ultima vez que te iria ver, nem pensava duas vezes em lá ir!
Quando fui jantar, disse aos meus pais e aos meus avós que tinha ouvido imensas ambulâncias e policia a irem para o lado da vossa quinta, até pensei que pudessem ter sido assaltados, mas quando fui novamente à janela, vi que a luz da ambulância estava ao pé da tua casa e não ao pé da casa principal... Pensei em ir lá, pensei em ligar ao "tio", pensei em mandar-te uma mensagem... em vez disso fui encomendar café porque pensava que não era nada, talvez tenha sido alguma espécie de instinto.
A minha mãe estava a ligar para a minha tia, quando liga uma vizinha nossa para o 91 da minha mãe... "Não digas nada nem à Carolina, nem à tua mãe, mas o D morreu..." "O quê? Mas morreu como? Bolas, vai brincar com outras coisas!" "Ele estava a jogar à bola com irmão e quando estava perto da hora do jantar, foram tomar banho, o D para casa dele e o irmão para a casa principal. O jantar era às 20h30 e ele não aparecia e raramente se atrasava... Então foram lá ver o que se passava."
Quando a minha mãe me disse a minha primeira reacção foi algo que não consigo explicar... era revolta, tristeza, raiva, saudade... Só me apetecia chorar, e foi o que fiz... Durante 10 dias consecutivos não parei de chorar

Não consigo perceber o porquê da tua morte e não quero, sinceramente, prefiro pensar que foste estudar para a Alemanha. É isso, estás a estudar na Alemanha e mais cedo ou mais tarde vais aparecer aqui em casa, abraçar a minha avó e perguntar porque é que eu não tenho as unhas pintadas...

Mas eu quero enganar quem?!? Sei que, infelizmente, isso não é verdade e que não nos vamos ver... 
Eras tão jovem, 20 anos, ninguém devia morrer tão cedo, nem mesmo a pior pessoa do mundo! Tinhas sonhos, tinhas namorada, estavas num curso que adoravas... Porquê? Porquê??

Sei que, estejas onde estiver, vais ver o teu irmão crescer e ser bem sucedido, vais ouvir a primeira palavra do teu sobrinho e vais fazer com que a tua irmã, o teu irmão, e os teus pais consigam superar a tua partida...

Quero que saibas que eu nunca me vou esquecer de ti, nem do teu cabelo loiro, nem do teu sorriso.
E isto não é um adeus, é um até já!

Descansa em Paz!

Com muitas saudades,

Carolina

sábado, 23 de abril de 2011

Não depende do ser humano escolher quem amamos ou quem deixamos de amar

“Não está em nós deixa-lo nem quitá-lo (…)”
Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett



Quem sabe o que é amar alguém de verdade, sabe que não é necessário meter-se na cabeça a ideia de que temos ou devemos amar uma pessoa, porque isso acontece naturalmente, sem nos apercebermos. Basta passarmos uns momentos com ela para a admirarmos e, consequentemente, a mesma torna-se especial. Contemplamos cada gesto e cada acção (boa ou menos boa), trata-se de tempo para aprendermos a amar tudo nela.
Tal como é impossível querer amar alguém apenas porque se quer, é igualmente impossível deixar-se de amar alguém, apenas porque sim.
Se amamos uma pessoa é porque nela há algo muito forte que nos atrai. E não, não falo de atracção física, porque nestes casos quem ama são os olhos, esta particularidade do corpo humano que frequentemente procura enganar o coração. E sim, eu acredito que ainda há corações que não se deixam levar apenas pelos “enganosos” olhos.
Quero com isto dizer, que não deixamos de amar uma pessoa porque está mais gorda, ou porque fisicamente envelheceu. No entanto, podemos deixar de amá-la porque tem uma maneira de ser diferente da que tinha, ou porque aconteceu qualquer coisa que nos magoou, ou porque o destino nos afastou, até que o amor, a paixão ardente que antes sentíamos quando estávamos com ela, foi desvanecendo, desapareceu. Até hoje, o ser humano não tem poder para controlar os sentimentos de que é tomado; apenas o destino se encarrega de ditar o que sentimos ou deixamos de sentir.

Castelos :)

Quando era criança, gostava de brincar aos príncipes e às princesas, naqueles contos de fada em que qualquer um, na sua mais pura inocência, acredita que um dia se irão tornar realidade. Constroiem-se sonhos no ar da mesma maneira que são construídos os castelos de areia à beira mar; e como uma onda a bater, há acontecimentos que nos fazem cair, e não à volta a dar, tal como é impossível reconstruir o mesmo castelo com os mesmos grãos de areia.
A vida, que parece tão complexa, é no fim de contas, um jogo vicioso. As cartas estão lançadas antes mesmo de respirarmos, somos obrigados a jogar, e desistir é batota, onde os mais fracos não aguentam. Arrisca-se, ganhamos ou perdemos. O que há de difícil de compreender? Nada.
No entanto, nós, como seres humanos tão pequenos, temos sentimentos, o que nos torna vulneráveis às coisas mais simples da vida. Esses sim, são a arma poderosa, aquela que move todo o jogo: o amor ou o ódio. São estes que nos fazem sofrer; contudo, são também estes que nos fazem mover. E por mais que me digam, por mais que aconteça, eu não acredito, é impossível tornar-me naquilo que imaginava quando era pequena. Os sonhos têm lugar na infância, e apenas lá; não são ridículos, nada disso, são esperanças, que mesmo inalcançáveis, nos fazem viver e acreditar que o amanhã será melhor que o hoje, e eternamente continuaremos, correndo para o infinito, à espera que o jogo termine. Começa e acaba sempre, para todos da mesma maneira, portanto se tiveres sucesso ou não não importa.
Não me perguntem porque, é assim porque há coisas que estão destinadas a ser assim, e ponto final.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quero continuar a ser criança :D

Tumblr_ljo2t1l4uy1qh20zgo1_500_largeExiste uma parte de mim que nunca cresceu e quero mantê-la comigo para continuar a ser assim feliz… porque quando somos crianças temos sabedoria para sonhar e querer conquistar o mundo mesmo que nos digam que é impossível, temos a esperança que mais ninguém tem e uma coragem extraordinária. Aceitamos tudo o que nos ensinam e tentamos descobrir tudo o que nos parece estranho, não temos medo, porque não sabemos o que é. Sabemos demonstrar o amor que sentimos, conseguimos dar um sorriso a quem mais precisa e o mais importante de tudo, não sabemos fazer mal às pessoas que nos amam. Somos inocentes mas sem exageros, dizemos a verdade custe o que custar, pois as crianças não aprendem a mentir.
Quando somos crianças todos os dias são os melhores da nossa vida porque sabemos ser felizes com pouco, sabemos perdoar porque acima de tudo sabemos amar. Somos capazes de cair e levantar sem medo, sabemos brincar de verdade e tornar a coisa mais simples do mundo num brinquedo perfeito e fazemos sorrir qualquer pessoa apenas com o nosso jeito simples de ser. Enquanto crianças cometemos loucuras que nos deixam soltar gargalhadas, gostamos de tudo o que nos proíbem, apenas por ser proibido.
É por isto e por muito mais que quero manter para sempre parte do que sou, para ter a magia que muitos perderam, por não saberem o que é ser verdadeiramente criança…

segunda-feira, 18 de abril de 2011

É de vez!

Esta é a ultima vez que escrevo para ti!
Hoje percebi que realmente não vales nada, nem tu, nem a pessoa com quem estás. Na sexta-feira escrevi que me sentia sozinha, mas percebi que não estou sozinha, que nunca estive!  
E se queres saber, estou bastante melhor agora. Sempre me disseram que não iria muito longe contigo, mas nunca os ouvi. Hoje dou-lhes razão!
Sim, foram bons os tempos que passei contigo, mas quem me garante que foste tu própria? Quem me garante que não estavas a ser falsa? Ninguém!
Mas agora estou feliz, voltei a escrever e descobri que não preciso de ti.
Como a minha mãe me ensinou há alguns anos: “Amiga é a nossa barriga, e ela às vezes dói!” É completamente verdade!
Tudo o que escrevi para ti, acaba aqui!
Escrito por mim, nunca mais vais ver nada!
ADEUS!


sexta-feira, 15 de abril de 2011

MINHA Ericeira

 


Aqui sim, SOU FELIZ


e mais nada!

É o Destino :)

102057577, Nacivet /Photographer's Choice

Cada vez tenho mais a certeza de que és o homem da minha vida. Adoro as nossas conversas sem fim ao telefone, pela madrugada dentro, em que conhecemos coisas um do outro que mais ninguém conhece. É por isso que gosto e admiro tanto a nossa relação. Porque não há segredos. Contamos tudo um ao outro sem problema nenhum. Confiamos cem por cento um no outro, e é essa confiança, a base de tudo o que existe entre nós. Já imaginaste se ela não existisse, meu amor? Não nos aguentaríamos nem um dia. Isto de estar longe um do outro tem que se lhe diga. Dói, corrói, mas só um verdadeiro amor misturado com muita confiança é que é capaz de ultrapassar isto tudo, pelo menos na minha opinião. Dia a dia estamos constantemente a dar provas de amor um ao outro, mesmo sem que nos apercebamos disso, já reparaste? Tu, dia a dia, fazes-me estar cada vez mais apaixonada por ti, mas confiante na nossa relação, mais feliz comigo própria. E não, não são as raras discussões (se é que se pode chamar discussões), que vão fazer com que algo mude. Isso faz parte duma relação, e é bom. É bom para aprendermos a crescer, e para aprendermos a comportar-nos como adultos. E por mais que digas que eu estou chateada contigo numa determinada situação, eu não estou. Não estou porque não quero e não consigo estar. Custa-me estar chateada com a pessoa que amo. De que me vale chatear contigo se cinco minutos depois estou a correr para os teus braços? É o destino. E por mais pessoas que se atravessem no nosso caminho, jamais irão conseguir mudá-lo. O destino é este. É ficar contigo.

Alone ...

Já nem tenho vontade de escrever…
Desde que tudo acabou que não consigo encontrar palavras, tudo isto porque eras tu quem me dava a força, a vontade, o incentivo de que precisava para escrever.
Agora foste embora e o meu coração (ou parte dele) foi contigo. Sinto tanto a tua falta, sinto falta das nossas conversas, das nossas idas ao cinema, dos nossos almoços, dos nossos disparates…
Saudade_largeQuiseste refazer a tua vida ao lado de outra pessoa, que provavelmente te faz mais feliz do que eu, não te condeno por isso, mas o facto de teres ido embora levou a minha maior paixão: a escrita.
Mandei-te dezenas de mensagens com pedidos, não respondeste a nenhum. Talvez porque não sou (ou era) assim tão importante para ti como dizias.
Prometes-te que ias estar sempre do meu lado, que nunca me ias deixar. Infelizmente não cumpris-te essa promessa.
Eras a melhor, neste momento, és a pior
Odeio-te. Odeio-te por me estares a fazer isto. Odeio-te por me teres partido o coração. Odeio-te por tudo.
Se leres isto, por favor, diz qualquer coisa. Já nem te peço um pedido de desculpas, se calhar porque também errei, mas sinto tanto a tua falta!
Não te peço que voltes, não te peço que tudo volte ao que era antes, já só te peço que me devolvas o coração e o poder das palavras, porque agora, mais que nunca, sinto-me sozinha…



Sabes bem quem és
 e por mais tempo que passe nunca te vou esquecer porque aquele ano que passamos juntas, foi perfeito


COMENTÁRIOS RELES DE PESSOAS FÚTEIS NÃO ME AFECTAM, 
SÓ ME ELEVAM A AUTO-ESTIMA :) 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A nossa história num Post-It

Vou escrever a nossa história num post-it, vou escrever todas as cartas de amor, todas as lágrimas e todas as discussões num único post-it. Vou escrever todas as tardes, todos os segredos trocados, todos os gestos, todos os sorrisos, num simples e pequeno pedaço de papel.
Vou descrever pormenorizadamente o que sentia quando olhava para os teus olhos, e o calor que as tuas mãos me ofereciam. Vou explicar como era acordar todos os dias de manhã com a certeza de que te iria encontrar. Vou descrever como era a alegria que sentia quando te via chegar. Vou explicar como era aquela tristeza embrenhada em saudade quando te via partir. E vou fazê-lo num singelo post-it.
Vou fazê-lo da maneira mais explícita, completa e apaixonada possível, porque é assim que as histórias de amor devem ser contadas. Podia escrever um livro inteiro sobre isso, mas prefiro escrever um post-it. Prefiro escrever num pequeno post-it para poder colar onde quiser, para poder oferecer-te e ter a certeza de que o irás ler muitas vezes.
Podia escrever muito, mas o post-it é pequeno por isso vou optar por escrever pouco. E sabes o que é que define a nossa história, sabes a única coisa que é tão grande e mesmo assim cabe num post-it? Sabes a única coisa que descreve o que sentimos um pelo outro? Amor
Vou pegar num post-it e vou escrever nele a palavra amor, depois vou dar-to e tu vais perceber que estou a falar de nós. Que te estou a contar a nossa história. Porque a verdade é que as coisas realmente importantes não precisam de grandes explicações, mas sim de grandes sentimentos. 

terça-feira, 29 de março de 2011

Não sei escrever sobre nós :S

«I don't believe that anybody feels the way I do about you now (...) There are many things that I'd like to say to you but I don't know how, because maybe you're gonna be the one that saves me, and after all, you're my wonderwall »

Não sei escrever sobre nós, desculpa mas não consigo. As palavras que procuro ainda não foram inventadas.
Talvez me tenha habituado a não as usar. Tu sabes sempre como me sinto, sabes sempre o que eu estou a pensar. Adivinhas quando tens de me agarrar para eu não cair e nunca deixas que o meu sorriso se afaste por muito tempo. Arrisco-me a dizer que, provavelmente, és das pessoas que me conhece melhor. Decifras o timbre da minha voz e até me lês nas entrelinhas.
Não sei escrever sobre nós, há demasiados sentimentos. Há demasiado, sabes?
Conheço todos os teus risos, e sei quando finges que não te importas. Não me lembro de te ver chorar, e é engraçado ver como somos diferentes, mas a verdade é que isso não importa.
Não sei escrever sobre nós, a nossa amizade está longe das palavras que procuro encontrar. 
Podemos dizer muito, podemos dizer pouco, até podemos nem dizer nada. Entre nós até o silêncio é confortável. Sei que estás ali e isso basta-me. Não sei como te agradecer por tudo, não sei como te dizer como és importante. Não sei dizer-te o que mais gosto em ti, acho que aprendi a gostar do conjunto, não te consigo dividir-te por partes. Gosto do que me fazes ser, gosto de como me sinto quando estou contigo, gosto do que somos juntos. Não podia ter melhor amigo, sabes disso.

sábado, 26 de março de 2011

Mais que amigas, irmãs :D

Mais do que uma amizade, é uma família, é uma vida.
Há muitos anos que nos conhecemos, já perdi a conta de quantos… estivemos afastadas por razões que nem eu própria sei mas a vida voltou a juntar-nos. Depois, foste para outra escola, cresces-te e mudas-te. Sei que também mudei e isso também influenciou um bocado o nosso afastamento mas são as nossas manhãs, as nossas tardes, as nossas noites, os nossos jantares, os nossos almoços, as nossas memórias, que nos mantêm ligadas como se tivéssemos nascido da mesma barriga, no mesmo dia, porque entre nós existe partilha, confiança, respeito, amizade, carinho, igualdade, tudo isso e muito mais que possamos imaginar.
Estamos ligadas pela amizade existente entre as nossas mães, pelos 30 e tal anos de amizade existente entre elas, mas também pela nossa amizade, que é o mais forte de tudo, é o que eu chamo “laço de sangue”, pois nós somos mais do que amigas, somos irmãs e contigo, só contigo, sei que posso tudo! Posso dizer o que me apetece, posso fazer o que quero, posso ser eu sem ter que me preocupar com o que possam pensar.
Nesta altura da minha vida, existem coisas e pessoas a entrar e a sair e tu, tu não és nenhumas dessas. Tu ficarás para sempre comigo e um dia ainda havemos de ter a nossa casa, juntas, como sempre sonhámos quando éramos aquelas crianças que faziam casas para as Barbies com os livros ou quando brincávamos com os Nenucos e éramos sempre irmãs.
Por todos os momentos que enumerei na mensagem de aniversário que te enviei e por todos os outros que passámos e iremos passar um muito obrigada, daqueles mesmo muito grandes, porque contigo eu cresci, eu vivi, em aprendi, eu errei, eu perdoei, eu brinquei…
Contigo, irmã, sou bastante feliz. Dás-me sempre força para tudo!
Adoro-te e obrigada J




quarta-feira, 9 de março de 2011

Arrumações :)

Hoje o meu quarto levou uma arrumação à séria! Confesso que já tinha saudades de ver o meu quarto arrumadinho :)

Existem coisas boas em fazer arrumações e uma delas é reviver memórias de há bastantes anos... Durante a arrumação encontrei o meu caderno do 2ºano. Apercebi-me que tenho demasiadas saudades do tempo em que tudo era tão fácil, em que o dia se resumia a bolinha verde, amarela ou vermelha e que o objectivo desse dia era ter uma bolinha verde...
Encontrei diários do 5º e 6º anos e ao ler aquelas páginas chorei de tanto rir e chorei com saudades... Saudades de fazer textinhos com os adjectivos que caracterizavam as minhas amigas, saudades de ter a panca da Hello Kitty, saudades de brincar às Barbies com as amigas, saudades de fazer de conta que era médica, empresária, empregada de balcão, etc., saudades de vestir as saias mais pirosas que houvessem na loja e não me importar com o que os outros pensavam... Enfim, são saudades de ser uma criança feliz.
Encontrei, também, um livro da minha autora preferida (Margarida Rebelo Pinto), que estava à procura nas lojas há algum tempo e que pensava que não existia cá em casa.

Cheguei à conclusão que preciso de arrumar muito mais vezes porque, para além de reviver os meus tempos antigos e de reencontrar coisas, ainda deixo o meu quarto muito mais bonito e com um cheirinho fantástico :)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Desgostos de Amor



Sempre achei que, tal como o enorme peso que assenta no nosso coração com uma morte, um desgosto de amor cai-nos no centro do coração como um impacto que só uma morte tem. E note-se, não estou a falar de desgostos de amor comuns, onde para ambas as partes é relativamente fácil reencontrar outra pessoa. Estou a referir-me aos Grandes, mesmo muito Grandes, desgostos de amor. Daqueles que, por serem de tal ordem grandes, representam para nós uma morte. E sim, isto é possível. Porque, no limite, há várias partes algures dentro de nós que morrem.

Na minha opinião, um desgosto de amor destes é capaz de nos mudar. De nos tornar, em certa medida, mais frios, mais distantes, mais calculistas. Calculistas no sentido de não termos já grandes ilusões sobre o amor e as outras pessoas. Tornamo-nos mais cuidadosos com as nossas escolhas, tornamo-nos mais criteriosos, mais pragmáticos, mais esforçados e, indiscutivelmente, mais responsáveis.

Saint-Exupéry, n'O Principezinho, escrevia que, quando amamos e cativamos algo ou alguém, tornamo-nos responsáveis por essa pessoa ou pelo que amamos. Mas Saint-Exupéry, apesar de ter escrito sobre o afastamento e a perda, referindo que corremos o risco de chorar e de nos sentirmos tristes e dando-nos como solução as boas memórias - a capacidade humana que todos tempos de guardar os outros, no nosso coração - esqueceu-se de quando os outros nos magoam. E acho que se tivesse escrito sobre isso, seria algo como: da mesma maneira como nos tornamos responsáveis pelos outros que amamos e  cativamos, quando temos um grande desgosto e ficamos irremediavelmente sós, devíamos tornarmo-nos responsáveis por nós mesmos e tomarmos conta de nós. Fecharmos as nossas próprias feridas.

Acho que nem é tanto a perda que sentimos, ou a ausência, que custa mais. Acho que o que custa mais é percebermos que tudo aquilo em que acreditámos se desvaneceu num piscar de olhos e que verdades antes absolutas para nós, passam a ser enormes dúvidas existenciais.

Achamos inevitavelmente que em tempos nos desprendemos de um porto de abrigo e nos deixámos levar ao sabor do vento pelo mundo fora e que toda a coragem e força que isso exigiu de nós, foi, no fundo, em vão.

Achamos inacreditável. Tudo inacreditável. Mas com o tempo percebemos também que é a verdade e que, ou aprendemos a viver com ela ou aprendemos a viver sem ela. Não nos restam mais hipóteses.

Começamos também lentamente a dar muito mais valor a pequenas coisas e vemos a vida de um modo diferente. Coisas como chegarmos a casa e não nos sentirmos vazios, num dia, são um grande progresso. São uma pequena vitória. Coisas como darmos por nós a rirmo-nos à gargalhada são o ponto de arranque que precisamos para voltarmos a ser felizes.

Até ao dia em que reparamos que estamos mais calmos, tranquilos com a vida. E começamos até a pensar nas coisas boas que vieram ter connosco graças ao que passámos. Olhamos para o desgosto com um olhar diferente. Já não vemos só a tragédia. Vemos também várias coisas boas. Permitimo-nos até perceber que se calhar não estávamos assim tão felizes, tão bem e que o futuro que nos aguardava não era assim tão bom.

O melhor de tudo? O melhor de tudo é pensarmos que, com a perda, a vida deu-nos basicamente uma oportunidade para termos alguém melhor, sermos mais felizes e vermos em nós muito mais valor. Melhor ainda do que isto, só a pessoa que nos deu o enorme desgosto se arrepender profundamente e nós não lhe permitirmos voltar. Isso sim, faz-nos sorrir, por vermos o quão fortes e exigentes nos tornámos.

E assim sendo, não há muito mais a fazer do que sorrir. É que não só nos livrámos de um futuro pouco feliz, como ainda temos a certeza de que algo muito melhor, mil vezes melhor, virá.




sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É sempre melhor quando estamos juntos :)

103773561, Jordan Siemens /Photodisc


Jurei nunca mais procurar o sofrer, porque na realidade sou eu que o procuro, sou eu que vou à procura de algo errado, que me faz sofrer... Não gosto do que vejo, mas claro que é mais forte do que eu, saber se existe alguma coisa de errado, por isso às vezes procuro. E encontro, encontro o 'sofrer' e de seguida, volto a ver a mesma coisa, repetidamente, e novamente vejo o mesmo 'sofrer' para ter a certeza do que estou a ver, se é mesmo verdade. Na realidade é, o sofrer dói muito. Nunca foi uma ilusão, bem que podia ser, este sofrer que vem, mas vai rápido. E tu até podes ter razão, na realidade eu se calhar só sofro porque vou à procura disso mesmo, mas torna-se complicado eu saber que o fazes e eu não o poder ver, assim parece que o fazes nas minhas costas. Sou uma pessoa complicada, e especial. A minha cabeça é uma coisa difícil de compreender, e eu sou demasiado rigorosa na minha vida, daí que te falo dos limites que existem nela. Na tua cabeça talvez aches que eu deveria de aceitar tudo de compreender tudo, de aprender a viver com tal... mas é difícil, quando tu por vezes não respeitas os limites das coisas. E sim não existe ninguém, nem nunca vai existir alguém que me faça tão feliz como tu, que me ajude, e que esteja do meu lado como tu estás, não existe ninguém que ature as minhas birras e os meus ciúmes, mas é assim mesmo. Nunca transmiti tanta felicidade a falar de ti, és uma pessoa complicada e com quem é difícil lidar, mas eu estou disposta a cada dia que passo ao teu lado te conhecer um bocadinho melhor, e digo-te sem qualquer sombra de dúvidas que te conheço como ninguém conhece, mas quero conhecer mais, quero viver ainda mais momentos contigo, porque a minha vida é contigo. Faço de tudo para te ver bem, e feliz...porque nós temos momentos lindos, e sei que vamos ter muitos mais, melhores e ainda mais lindos. Quando não estás sinto um vazio, sinto que nada faz sentido, incluindo eu.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tudo está diferente, nada está igual...


Pergunto-me se existe opinião crítica sobre pensamentos exteriores que estimulamos ao longo dos dias que passam. Pergunto-me se existe inteligência suficiente para perceber os erros graves que cada ser humano comete diariamente num permanente ciclo vicioso, o qual baptizamos de vida. São inúmeras as pessoas que existem sobre esta superfície e é impossível saber o que cada uma pensa.
São incontáveis os passos que cada ser humano dá numa vida, passos que parecem ser fortes e destemidos mas que no fundo são frágeis e dolorosos. O tempo? Esse então passa sem darmos conta e surpreendo-nos cada vez que olhamos para o relógio e sentimos a falta dos segundos perdidos que poderiam ser utilizados para outra finalidade. Também é indeterminável a quantidade de emoções que sentimos por dia, emoções que por vezes revelam muito sobre os segundos perdidos e esquecidos pelo relógio. Em relação às regras da vida, essas nem se escrevem visto que já estão decoradas com tanto uso a que são expostas. A melodia existente entre partículas refractadas já não tem a mesma suavidade e o som de uma sociedade civilizada e real começa a transformar-se num som exuberante e irreal. Tudo está diferente, nada está igual.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

D. Pedro e D. Inês de Castro - Uma Trágica História de Amor

Era uma vez um belo príncipe chamado D.Pedro. Este era filho de D.Afonso IV e de D.Beatriz de Castela.
D.Pedro nasceu em 1320 e teve muitas dificuldades durante o seu reinado , principalmente por causa das pestes e maus anos agrícolas. Como viveu muitas guerras na conquista de África, queria agradar o povo.
Tudo começou com o casamento de D.Pedro com uma princesa espanhola chamada Constança. Eles não se casaram por amor, uma vez que o casamento foi organizado pelos pais de D.Pedro. Foi nessa altura que D.Pedro conheceu D.Inês de Castro , uma das aias de D.Constança.
D.Pedro quando viu D.Inês de Castro, logo se apaixonou.
O romance vivido por D.Pedro e D.Inês de Castro não foi nada bem vindo ao povo português e a seus pais porque tinham medo que D.Inês, filha de um poderoso nobre espanhol, pudesse ter má influência sobre o príncipe.
Assim, quando D.Constança morreu, D.Afonso continuou a julgar e a interferir no amor indestrutível de D.Pedro e D.Inês.
Para acabar com a ligação amorosa de D.Pedro e D.Inês de Castro , D.Afonso tentou afastá-los, proibindo D.Inês de viver em Portugal, mas isso não resultou porque D.Pedro foi viver para a fronteira de Portugal e Espanha, onde frequentemente se encontrava com a sua amada.
Diz-se que se casaram por essa altura.
D.Afonso IV estava muito preocupado porque via que o povo tinha medo da influência de D.Inês, além do mais não estava nada contente com as guerras e a fome que se viviam no reino. E com todos estes argumentos, influenciado por três conselheiros, D.Afonso achou que a melhor solução seria mandar matar a dócil D.Inês
D.Inês foi assassinada em Coimbra ,num lugar agora designado de “Quinta das Lágrimas”.
Depois da execução de D.Inês, D.Pedro revoltou-se contra o seu pai declarando-lhe guerra. Felizmente, a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o conflito militar entre pai e filho.
Quando D.Pedro se tornou rei, era muito cauteloso com o povo, que gostava bastante dele. Mas apesar disso, uma das primeiras coisas que fez foi vingar a morte da sua amada D.Inês de Castro, executando de modo cruel os ex-conselheiros do seu pai arrancando-lhes o coração. D.Pedro depois da morte de D.Inês tornou-se numa pessoa triste e fria de sentimentos.
Após dois anos da morte de D.Inês de Castro, D.Pedro mandou elevá-la a rainha e obrigou toda a corte a beijar-lhe a mão, ou o que restava dela...
D.Pedro, apesar de ter perdido o grande amor da sua vida, voltou a casar-se e teve vários filhos ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D.Fernando (legítimo, fruto do casamento de D.Pedro com D.Constança) e D.João I, Mestre de Avis ( filho ilegítimo , fruto da relação de D.Pedro com D.Teresa Lourenço) . D.Pedro mandou depois construir no Mosteiro de Alcobaça dois sublimes túmulos para D.Inês de Castro e para ele próprio, estando colocados frente a frente e, deste modo, no dia do Juízo Final, olhar-se-iam de frente e juntos subiriam ao céu.
D.Pedro morreu em 1367.

Here Without You

"A hundred days had made me older since the last time that I saw your pretty face
A thousand lies have made me colder and I don't think I can look at this the same
But all the miles that separate
They disappear now when I'm dreaming of your face
I'm here without you baby but you're still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I'm here without you baby but you're still with me in my dreams
And tonight it's only you and me
The miles just keep rolling as the people leave their way to say hello
I hear this life is overrated but I hope that it gets better as we go
Picture455.jpg Winter seems so long without you hereI'm here without you baby but you're still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I'm here without you baby but you're still with me in my dreams
And tonight girl, it's only you and me
Everything I know, and anywhere I go
it gets hard but it won't take away my love
And when the last one falls, when it's all said and done
it gets hard but it won't take away my love
I'm here without you baby but you're still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I'm here without you baby but you're still with me in my dreams
And tonight girl, it's only you and me
I'm here without you baby but you're still on my lonely mind
I think about you baby and I dream about you all the time
I'm here without you baby but you're still with me in my dreams
but tonight girl, it's only you and me"

3 Doors Down- Here Without You :)
Uma das minhas musicas favoritas

Esquece tudo!




"Esquece todos as histórias que já ouvis-te sobre feridas incuráveis e (de) amores inesquecíveis. Esquece aquela velha música que dizia algo sobre a dor eterna causada quando aquele alguém deixou o teu coração despedaçado. Esquece! Não ligues se disserem que tu não vais conseguir ser feliz. Ignora todo e qualquer pensamento negativo. Mas não te esqueças que a vida vai passando... o tempo não vai parar e esperar que tentes curar as tuas feridas mais profundas. Aos poucos vais-te apercebendo e dando valor a cada noite em claro, cada lágrima desperdiçada, cada espaço da memória – e do coração – que tu ocupas-te com qualquer amor mal resolvido. Mas não é tão simples. Eu sei que tudo vai perder o sentido e que tu te sentirás como se estivesses com o coração desesperadamente dilacerado. Eu sei que tu vais chorar até não teres mais forças. Eu sei que as tuas noites serão embaladas por músicas melancólicas e pelos soluços do teu choro. Eu sei que tu sentirás um buraco de proporções imensas crescendo dentro de ti. E eu sei que vai doer, eu sei que tu vais desejar nunca ter nascido, eu sei que tu te vais perguntar todos os dias o porquê de tanto sofrimento. Mas por outra perspectiva... eu sei que tu consegues passar por cima de tudo isso sem dano algum. E uma coisa eu posso-te garantir: o duelo entre o que te faz bem e o que te faz mal é longo e doloroso, mas no final tu encontrarás a tua velha companheira. Aquela que tu até te esqueces-te da existência. A tua felicidade"

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Melhor Amiga sempre @

Não posso explicar , só posso sentir! Conheci-te, e isso tornou-se, a coisa mais especial do mundo
Eu não te sei dizer porque estou a escrever isto, não te sei explicar porque o estou a fazer, com lágrimas a caírem-me pelo rosto, e sorrisos brilhantes lembrando-me de todos os momentos
Conheço-te de trás para a frente, de frente para trás, sabes todos os meus segredos, todos os meus medos, todos os meus sonhos, pesadelos, esperanças, sentimentos (..) Eu amo-te, amo-te da mesma maneira que se ama um irmão.. Um irmão de coração, que está sempre lá, mesmo longe, e mesmo perto! Eu, hoje, só te tenho a pedir mil Desculpas, e mil Obrigadas, por tudo e mais alguma coisa . Porque das coisas, que a vida me ensinou, é que só a amizade é capaz de ser eterna..
E mesmo eu não estando presente, em todos os momentos da tua vida, estou a pensar em ti, se estás bem ou mal, se alguém se meteu contigo ou não.. Porque quem for capaz de te fazer infeliz, está lixado comigo, acredita que está
Porque a única coisa que quero é ver-te bem! Gosto de ti desde o primeiro momento, e irei gostar mais, até ao último
Eu só te peço para estares sempre comigo, e por isso, não te peço nada em troca, nem sequer 1 cêntimo! A minha felicidade, é estar contigo minha irmã (..)
Gosto de ti, de uma maneira tão intensa, forte e incondicional que nem te sei explicar
Eu sei que és das únicas pessoas, que me quer sempre bem, que me fez sempre bem, e que demonstrou que o meu bem, é a tua felicidade, e só por isso estou eternamente agradecida
És a minha melhor amiga, e isso ninguém nos pode tirar, nem dividir, nem separar
Não gosto de ti, só por seres minha melhor amiga, mas também por seres quem és .. - Hoje ainda me lembro, que começou tudo muito inesperadamente , e isto de sermos melhores amigas, ainda foi mais surpreendente , acredita
És completamente inesquecível , e quero que tenhas sempre essa força que me fascina :) Essa coragem , para enfrentar o mundo de cabeça erguida , sei que consegues , acredito em ti , como ninguém
É difícil olhar para trás e não querer relembrar o momento mais belo com a minha melhor amiga, o mais especial. É impossível, não relembrar nem sequer um! . Se eu pudesse mudar alguma coisa, não mudaria nada, até mesmo aquilo que correu mal! Não te posso explicar o porquê (..)
Eu não sei se te deveria admirar, homenagear ou agradecer-te. Só quero que aqui, neste texto, fique bem escrito que a nossa amizade é das mais verdadeiras, e especiais! Talvez porque é a razão de que nenhum amor, se descreve ou define. Apenas se sente
Para mim, és como uma irmã, de alma e de coração ! Que eu levo comigo para todos e mais alguns sítios .. São as manhãs, as tardes,  que passo contigo! Tudo tem a sua piada , se estiveres comigo
E acredita, que eu acho incrível a forma como nos entendemos, a forma como ás vezes embirramos uma com outra, sem ter razão nenhuma, a forma como a sinceridade ultrapassa tudo! Se tu não existisses, terias de ser inventada
És um anjinho da guarda, que está sempre lá quando preciso, que por muito que as coisas tenham corrido mal, nunca me deixas sozinha.. Em circunstância nenhuma
Eu talvez não consiga expressar as palavras certas, não consiga definir aquilo que devia, e não consiga descrever aquilo que devia ser descrito! Apenas só te sei dizer , que não é um simples texto como este , que vai mudar as coisas . Nós não precisamos de nada disto , não precisamos de textos , de fotos , de hi5's , de mensagens .. Só precisamos de nos ter sempre uma á outra, sem qualquer obstáculo ou barreira e isso muda tudo
É o meu único desejo , ter-te sempre ao meu lado , melhor amiga
Quero que repares , que em todo este texto , te tenho chamado inúmeras vezes de melhor amiga , mas é para que saibas que és mesmo ! (eu sei que sabes
Acredita , que : "Hoje ainda será melhor do que ontem"
Lembra-te sempre desta frase , em todas as situações da tua vida .
Pode ser que resolva muitas das tuas dúvidas , muitos dos teus problemas e conflitos
Fazes o meu coração "sorrir" , melhor amiga
E eu nem tenho palavras , para tudo o que fazes por mim! Lembro-me de todas as palavras, de todas as conversas, do 1º beijinho, do 1º abraço, do primeiro "adoro-te".. Lembro-me como se fosse hoje.
És tu, és tu que em todos os momentos estás lá, e em vez de me secares as lágrimas, nunca as deixas cair .. E isso é das maiores provas de amizade que alguma vez alguém pode fazer - Ainda me lembro daquela vez que estava mesmo mal (tu sabes), só me apetecia morrer ali, naquele preciso momento. Ou arranjar maneira de morrer naquele momento! Mas estavas ao meu lado, decidi logo falar contigo , e pensei "era mesmo disto que precisava.. era com ela que precisava de falar" , falei contigo e as tuas palavras foram as mais bonitas que alguma vez ouvi
E ao mesmo tempo que estava a chorar, estava com um enorme sorriso que não parava de brilhar nem de crescer :o Porque sim , nesse preciso momento fizeste-me sorrir de uma maneira que talvez nunca tenha conseguido
E nesse preciso momento , voltei a ter aquela força que aprendi contigo. Aquela força que todos os dias, me contagiava :) Porque sim , grande parte da força que tenho , ou talvez mesmo toda, é devido a ti! Foste tu que me ensinas-te a tê-la (..) Sabes todos os meus problemas, todas as minhas angústias :c e quando estou mal , é a ti que corro para ouvir aquelas palavras lindas que só tu me sabes dizer !
Ainda me lembro quando me disses-te : "Não vamos desistir , se sofreres eu também sofro." Foi bom perceber que se estiver mal também estás, mas ao mesmo tempo mau, porque nunca te quero ver mal :c por muito que eu esteja !
Tão difícil perceber que nunca mais te poderia chamar de "melhor amiga", que nunca mais poderíamos chorar de rir,
Transmites-me muito disso, muito do que tens, e do que gostavas de ter
Transmites-me tudo e mais alguma coisa
Nem mil Obrigadas , chegariam para todos os sorrisos que já dei por ti, e tu, por mim
Estás marcada no meu Coração ! Irei levar-te sempre comigo, no Pensamento, na Alma e no Coração
Não há definição para ti !
" Demorei uma hora em conhecer-te e só um dia a adorar-te. Mas levará toda uma vida conseguir esquecer-te. "
Contigo aprendi que posso ir sempre mais longe, por muito dificil que seja! Eu nem sei explicar como és tão especial, e tão única ao mesmo tempo
" Acreditar podem-me proibir de tudo , de cometer , beber qualquer coisa só não podem proibir que a nossa amizade acabe "
Melhor Amiga como a minha não existe!!

 

Dia dos Namorados

Porque hoje é dia dos namorados, deixo-vos uma históriazinha, não tem um final feliz mas é só para alertar que amanhã pode ser tarde demais :)
Amem e deixem ser amados :D

ERA UMA VEZ UM JOVEM QUE NASCEU COM UMA DOENÇA QUE NÃO TINHA CURA. TINHA 17 ANOS E PODIA MORRER A QUALQUER MOMENTO.
SEMPRE VIVEU NA CASA DOS SEUS PAIS, SOB O CUIDADO CONSTANTE DA SUA MÃE.
UM DIA DECIDIU SAIR SOZINHO E, COM A PERMISSÃO DA MÃE, CAMINHOU PELO SEU QUARTEIRÃO, OBSERVANDO AS MONTRAS E AS PESSOAS.
AO PASSAR POR UMA LOJA DE DISCOS, NOTOU A PRESENÇA DE UMA RAPARIGA, MAIS OU MENOS DA SUA IDADE, QUE PARECIA SER FEITA DE TERNURA E BELEZA. FOI AMOR À PRIMEIRA VISTA!
ABRIU A PORTA E ENTROU, SEM OLHAR PARA MAIS NADA QUE  A SUA AMADA. APROXIMANDO-SE TIMIDAMENTE, CHEGOU AO BALCÃO ONDE ELA ESTAVA. QUANDO O VIU, ELA FEU-LHE UM SORRISO E PERGUNTOU SE PODIA AJUDÁ-LO EM ALGUMA COISA. 
ERA O SORRISO MAIS LINDO QUE ELE JÁ HAVIA VISTO  E A EMOÇÃO FOI TÃO GRANDE QUE ELE COROU E MAL CONSEGUIU DIZER QUE QUERIA COMPRAR UM CD. PEGOU NO PRIMEIRO QUE ENCONTROU, SEM NEM OLHAR DE QUEM ERA, E DISSE:
- ESTE AQUI.
- QUER QUE EMBRULHE PARA PRESENTE ? - PERGUNTOU A RAPARIGA, SORRINDO AINDA MAIS... E ELE SÓ MEXEU A CABEÇA PARA DIZER QUE SIM.
ELA SAIU DO BALCÃO E VOLTOU, POUCO TEMPO DEPOIS, COM O CD MUITO BEM EMBALADO. ELE PEGOU NO PACOTE E SAIU, LOUCO DE VONTADE DE FICAR, ADMIRANDO AQUELA FIGURA DIVINA. 
DAQUELE DIA EM DIANTE, TODAS AS TARDES VOLTAVA À LOJA DE DISCOS E COMPRAVA UM CD QUALQUER. TODAS AS VEZES A RAPARIGA DEIXAVA O BALCÃO E VOLTAVA COM UM EMBRULHO MAIS BONITO, QUE ELE GUARDAVA NO COLETE, SEM SEQUER ABRIR.
ELE ESTAVA APAIXONADO MAS TINHA MEDO DA REACÇÃO DELA, MESMO   RECEBENDO-O SEMPRE COM UM SORRISO DOCE. NÃO TINHA CORAGEM DE CONVIDÁ-LA PARA SAIR E CONVERSAR.
COMENTOU ISSO COM A MÃE E ELA  INCENTIVOU-O A CONVIDÁ-LA PARA SAIR.
UM DIA, ELE ENCHEU-SE DE CORAGEM E FOI PARA A LOJA. COMO TODOS OS DIAS COMPROU UM CD E, MAIS UMA VEZ, ELA FOI EMBRULHÁ-LO. QUANDO ELA NÃO ESTAVA A OLHAR, ESCONDEU UM PAPEL COM O SEU NOME E TELEMÓVEL NO BALCÃO E SAIU DA LOJA RAPIDAMENTE.
NO DIA SEGUINTE O TELEMÓVEL TOCOU E A MÃE DO JOVEM ATENDEU. 
ERA A RAPARIGA A PERGUNTAR  POR ELE. A MÃE, DESCONSOLADA,  NEM PERGUNTOU QUEM ERA, COMEÇOU A CHORAR E DISSE :
- ENTÃO VOCÊ NÃO SABE ? ELE FALECEU ESTA MANHÃ. 
MAIS TARDE, A MÃE ENTROU NO QUARTO DO FILHO PARA GUARDAR  AS  SUAS ROUPAS E FICOU SURPRESA COM A QUANTIDADE DE CD'S, TODOS EMBRULHADOS.
FICOU CURIOSA E DECIDIU ABRIR UM DELES. AO FAZÊ-LO, VIU CAIR UM PEQUENO PEDAÇO DE PAPEL, ONDE ESTAVA ESCRITO:
«- TU ÉS MUITO SIMPÁTICO. NÃO ME QUERES CONVIDAR PARA SAIR? EU ADORARIA.»
A MÃE, EMOCIONADA, ABRIU OUTRO CD E DELE TAMBÉM CAIU UM PAPEL QUE DIZIA O MESMO.  E ASSIM TODOS QUANTOS ELA ABRIU TRAZIAM  A MENSAGEM DE CARINHO E ESPERANÇA DE CONHECER AQUELE RAPAZ.
ASSIM É A VIDA: NÃO ESPERE DEMAIS PARA DIZER A ALGUÉM AQUILO QUE VOCÊ SENTE. DIGA-O JÁ.  AMANHÃ PODE SER MUITO TARDE.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

S.I.D.A.

A história que vos conto passou-se há 19 anos atrás…

Trata-se de um rapaz na casa dos 18 anos, chamado João. O João era um rapaz com uma alegria que contagiava, extrovertido e… um bocadinho rebelde demais.
João andava no 12º ano na área de Ciências Socioeconómicas e no Verão anterior tinha conhecido uma rapariga com a qual namorava e tinha relações sexuais. Bem, não se pode dizer que namorava porque para um rapaz de 18 um namoro é uma coisa muito séria. Vamos dizer que eles “andavam”. João e a rapariga eram pessoas aparentemente normais. Estudavam, saíam à noite, passeavam, tudo o que uma pessoa de 18 anos faz, eles faziam. Na altura de sair do Liceu, João foi para uma Faculdade fora de Lisboa, o que os impossibilitava de estarem juntos.
A despedida foi, como dizia o João, “uma noite para nunca mais esquecer”.
Não se sabe ao certo se passaram 8, 10 ou 12 anos, sabe-se apenas, que o João tinha um trabalho estável e que necessitava de sair do país diversas vezes.
Numa das suas viagens, João não se sentira nada bem e decidiu ir para casa. Passou uma semana e o estado de saúde do João piorava a cada dia que passava. Este decidiu ir ao hospital saber o que se passava.
Foram feitos diversos exames, não descobriram ao certo o que era, sabia-se que tinha qualquer coisa a ver com o sistema imunitário. João ficou internado e acabou por morrer no hospital…
Passado algum tempo, descobriu-se que o João tinha S.I.D.A., até há bem pouco tempo nunca se tinha ouvido falar nesse “bicho estranho”.
João tinha apanhado o vírus da S.I.D.A. quando teve relações sexuais com aquela rapariga da escola…

O que aconteceu ao João, acontece todos os dias a milhões de pessoas em todo o mundo e só há uma forma de prevenir que isso aconteça: o uso de preservativo.

Hoje, existem informações sobre o assunto, mas lembrem-se, há 19 anos atrás não havia.

Lembrem-se, o vírus da S.I.D.A. ataca qualquer um, não é “só ao outro” e só se manifesta muitos anos depois.
O uso de preservativo impede a transmissão de doenças e impede a gravidez.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Autobiografia

Não era muito tarde, passavam apenas quarenta minutos das oito da manhã do dia quatro de Julho de mil novecentos e noventa e seis, em que chorava uma criança acabada de vir ao mundo dos humanos, essa criança era eu. A única coisa que nunca percebi foi se aqueles gritos de choro eram sinal de felicidade ou de angústia ou talvez seriam do impacto que temos ao saírmos da aconchegada barriga da nossa mãe, pelo menos é o que todos dizem, que é normal em todos os bebés...
Acreditava nisso enquanto ainda era uma criança e limitava-me a acreditar no que as pessoas mais velhas dizia, pois eram sábias da vida, agora que cresci e que conheço cada vez mais o mundo real, começo a acreditar que aqueles gritos eram sinal de uma criança a tentar dizer que preferia ter ficado no "outro" mundo, no mundo em que as coisas más não acontecem.
Deram-me o nome de Ana Carolina e quantas vezes dei por mim a perguntar o porquê daquele nome e não outro. A única coisa que a minha mãe me dizia era que o meu nome era um nome muito bonito e que tinha tudo a ver comigo, então aí questionava-me o porquê de darmos um nome as coisas, foi então que percebi que tudo tinha de ter uma designação para que as pudéssemos distinguir.
Não demorou muito a que eu corresse ao encontro das minhas bonecas e pusesse um nome a todas. Imaginava ser uma mãe cuidadosa e que aqueles lindos objectos de plástico com cara de criança fossem os meus filhos. Outras vezes imaginava-me uma adolescente com uma grande vida académica, a viver no mundo da lua. Imaginava o momento de ter um namorado para que pudesse largar todos os meus bonecos que nem uma palavra bonita diziam.
Imaginava-me uma rapariga alta, morena com uns cabelos compridos e lisos e aqui estou eu.
Passados tantos anos muitas coisas mudaram, não só a idade que acresce de ano para ano, não só a minha imagem que vai retratando cada momento da minha vida mas também os meus sonhos.
Neste momento da minha vida, quase que posso ver os meus verdadeiros sonhos, mas por vezes existe uma voz dentro da minha cabeça que diz que nunca vou conseguir alcançá-los. Então, as lutas que eu estou a enfrentar são as imensas oportunidades que eu estou a ter, às vezes conseguem-me "deitar a baixo" mas eu não desisto! Eu posso até não saber e não perceber mas estes são os momentos que eu mais me vou lembrar e neste momento tenho é de continuar a ser forte e todos os meus impulsos serão capazes de "abafar" aquela voz que me desmente.
Ao longo da minha vida fui capaz de perceber quais as pessoas que realmente fazem parte dela, todas juntas fizemos uma espécie de corrente como forma de união, em que umas dessas pessoas me acompanharão até à morte, outras vão-se desunindo e então seguindo as suas vidas para lados opostos.
A minha vida de adolescente é inconstante, uns dias feliz outros nem tanto, um dia quero tudo outros dias compreendo que aquilo que tenho é suficiente para eu ser minimamente feliz. Um dia sinto amor, outro dia sinto ódio, tanto me sinto útil como me apetece desaparecer.
Daqui a alguns anos talvez me descreva de maneira diferente, talvez seja uma mulher formada e construída, talvez tenha tornado todas as minhas bonecas em crianças reais, em vez de ter uma casa de bonecas tenha a minha própria casa ou então, daqui a muitos e muitos anos esteja a ler esta história da minha vida aos meus netos.
Só não conseguirei contar como será a minha morte mas eu prometo que na minha próxima vida, eu regressarei talvez no corpo de outro bebé, para relatar tudo, desde os choros de uma criança a nascer aos sorrisos de um idoso a morrer.
A seu tempo todos nós encontramos o que procurávamos mesmo que isso estivesse à nossa frente desde o início.

Diário da tua ausência

"Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor, na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver"


Margarida Rebelo Pinto

Passagem do livro "Diário da Tua Ausência", provaelmente o melhor livro que já li até hoje...

No teu castelo...

No teu castelo fazes dela a tua princesinha perfeita. Talvez esperasses ou achasses que ela havia nascido no momento em que te conheceu, que outros amores não teve e que o seu único amigo serias tu!
A verdade sempre te irritou e ao saíres do castelo vias a realidade da vida. Um passado com outros amores, um presente cheio de amigos que também queriam atenção, e o futuro nesse momento desfazia-se na sua cabeça.
Mas o que realmente querias? Até hoje ela não consegue entender. Ela deu-te o melhor! Não digo nem que tenha sido amor, às vezes até ela duvidava. Ela deu-te todos os pensamentos e olhares involuntários que possuía e as mais belas palavras que do seu coração já saíram.
No seu castelo ela foi a ratinha do café da manhã, a espaçosa que queria dormir abraçando-te, mas que sempre te fazia desistir e ir dormir no chão. A dona das mãos que desarrumaram sua escrivaninha e que tu tiveste o maior prazer de arrumar.
Lá, no teu castelo, ela sentia-se unicamente importante, como se por encanto aquelas paredes e poucos móveis tivessem o poder de traduzir pensamentos e palavras. Sim!!! Porque vocês realmente falam línguas diferentes.
Ela não queria ser a tua única amiga, nem que a casa dela fosse a tua única opção na sexta à noite, tão pouco queria tomar o teu tempo de estudos. Ela queria ser a tua melhor amiga e que tu fosses o dela, queria que tivesses muitas opções para a sexta-feira a noite e que fizesses questão de ela estar do teu lado em todas elas e principalmente rezava e ainda reza todos os dias para que o seu esforço não seja em vão.
Mesmo sem ter a certeza do que quer de ti hoje, mesmo que ainda entendas tudo errado e faças tudo errado também, mesmo que sigas em frente sem arrependimentos, às vezes, assim de vez em quando, quase que como um ritual nocturno, como um sonífero, ela dá por si voando nos seus pensamentos, pensando em como teria sido se tivesse existido.
Pensa nos erros que cometeu e conclui sempre que o seu erro foi mostrar ou dizer amar sem agir como quem ama, com um medo real de se entregar. E irrita-se ao concluir que vocês temiam exactamente a mesma coisa... Amar mais do de pretendiam de novo!
Talvez ela seja prepotente ao imaginar que esse amor seria inevitável. Mas aquele teu olhar que no espelho reflectia o dela, aquele abraço que matava o frio e acalmava, aquela loucura que ultrapassava compartimentos, até o castelo concorda na tua fria indiferença e condição de simples tradutor (ou seria mágico?)... Não podia ser mentira!
Hoje ela procura o seu próprio castelo, talvez ela encontre um para ela perfeito, com outro tipo de magia, talvez um que traduza os seus sentimentos.
Não te vê, não tem notícias, mas às vezes ela ainda sente e tenta esquecer ao lembrar que hoje no teu castelo uma nova princesa habita.

Desencontros...

Será que posso dizer “Era uma vez”?
Cada vez me convenço mais de que o tempo real não existe. E os lugares onde os olhos brilham transformam-se em utopias. As historias de amor são lendas e nunca historias, porque nós Homens temos uma certa dificuldade de lidar com “estas coisas da alma”. Com estas forças que nos empurram para alguém sem sentido, sem saída, sem fuga possível. Como se naquela noite fossemos de alguém eternamente e dez anos mais tarde percebemos que o eterno acaba quando deixamos de amar.
Marie, que mulher tão bonita, o seu rosto tinha uma simetria invulgar. Era daquelas mulheres nas quais até as mulheres reparam. Daquelas que já não sabemos se a beleza é uma qualidade se é um incómodo. Eu acredito na beleza intemporal, mas refiro-me a uma “menina” de 21 anos. No inicio da sua carreira. Podia ser actriz em Hollywood mas limitava-se a brilhar nas passerelles de Paris.
09:45am, os dois param para tomar café algures nos Champs Elysees , é o pequeno almoço com que todos sonham e para eles era uma rotina. Não à mesma hora, mas todos os dias pela manhã. Talvez nos outros dias ele tivesse entrado dez minutos depois, ou ela tivesse saído 20minutos antes. Era um encontro invulgar mas os dois repararam. Era fácil perceber a presença dela, mas ele era apenas um homem vulgar. Era um jornalista, no inicio da sua carreira, tinha 26 anos e tinha acabado de entrar para uma revista.
Os dois dividiam espaço na mesma fila, separados por duas pessoas sentiam a presença um do outro. A princesa da beleza incomum e o rapaz com um charme invulgar. Desejavam-se sem entenderem porquê. Ele era magro e não tinha mais de 1,75m. Tinha um modo de estar arrogante e era muito discreto na forma de olhar, enquanto ela esbanjava charme para cima dele. Podia descrever o momento num livro inteiro porque este é daqueles momentos, que, inocentemente, os seus olhos estão a ir para além deles. O olhar de um causa no outro a sensação de ter um monte de borboletas, desamparadas, a correr por dentro deles. O estômago enrola-se sobre si mesmo e desde então passam a ter fome deste sentimento para sempre…
Enquanto se sentavam, cada um na sua mesa, a olhar para o seu cappuccino, permanecia no ar uma sensação de perda. Uma vontade de que aquele momento dura-se para sempre. Passava-lhes tudo pela cabeça. “E se é ele? Se ele é o tal?. “Ela nunca virá falar comigo, é bonita de mais.” Os dois perdiam-se no olhar um do outro mas havia qualquer coisa que ambos perderam quando se afastaram da fila. Uma história tinha ficado naqueles lugares mas ainda assim as borboletas voavam, voavam, voavam sem parar.
Marie deixa cair o café e imediatamente o jovem levanta-se para a ajudar. Estavam perto finalmente. Assim, sem nenhum fazer figura de pateta. Talvez a princesa mimada tivesse medo que no fim do café ele fosse embora, sem um “adeus”, sem um “olá”. Não podia! Seria como se estivesse a cometer algum crime conjugal. Como se ele fosse seu a partir do momento em que ela o olhou. Talvez aquele café a cair seja obra do destino, e se o destino estava a favor o jovem não deixou escapar a oportunidade. Ou talvez ela o tenha feito cair.
Os dois perdiam-se na hora e na conversa, o tempo era um equívoco, um apontamento sem importância. O lugar onde estavam já há uma hora que não era um lugar e a conversa, com pouca relevância, em que pouco revelavam era uma faísca na paixão que acontecia na troca de olhares.
Já perdi algum tempo à procura de definições de paixão, definições de amor. Distinções entre os dois e já ouvi vários autores a falarem de amor à primeira vista. È claro que ninguém se ama no primeiro dia, ninguém se ama numa troca de olhares. Mas paixão é o friozinho que congela o corpo, que faz perder a fome, perder as horas, deixar de ouvir o telefone a tocar e viver de uma forma autêntica cada segundo sem sequer ter percepção da sua presença.
Naqueles minutos os dois perceberam que um gostava de chuva e o outro gostava de sol, um gostava de muito sal na comida e o outro contentava-se com o mínimo possível. Perceberam que um gostava de uma boa noite de cinema e o outro gostava de grandes noitadas. Tiveram a certeza que nunca iam ter vontade de jantar a mesma coisa e que nunca iam querer conduzir o mesmo carro. Tiveram medo de um querer dormir cedo e o outro querer pernoitar. Souberam que um gostava de filmes de animação e o outro de acção. Que um era sonâmbulo mas que o outro podia acordar durante a noite para o acalmar. Mas de repente, sem avisar…
A máquina do tempo que o fez parar fez com que volta-se a andar. Passaram-se duas horas? Ou dez anos? Estiveram mergulhados nesse sabor durante quanto tempo?
Marie levantou-se de repente, olhou para o relógio, para o telemóvel e percebeu que tinha perdido a manhã. Estava perdida no tempo, e, sem perceber que tinha encontrado tudo o resto, disse, “tenho que ir”. Saiu de repente e voltou para trás. Estava um ambiente estranho no ar, como se os dois estivessem a acordar do mesmo sonho, ainda sonolentos da montanha-russa e com sede de voltar lá mas atrasados para a vida real. Não sabia o que dizer, o que fazer, se lhe apertava a mão, se o beijava na boca. Desejava um beijo dele mas a mente agia em protesto das suas vontades e as horas contavam, o tempo existia e aquela sensação de intimidade desapareceu num piscar de olhos.
O rapaz chegou perto dela e disse, “posso dar-lhe um abraço?”, Ela abraçou-o sem hesitar e disse “sinto que o conheço desde sempre.” Por instantes voltaram ao limbo, à utopia, a favor de uma lenda, mas rapidamente o efeito de êxtase passou e ela saiu por aquela porta a correr. Ele fechou os olhos, talvez para não existir nele a sua partida. Recordara apenas a saia que ela trazia vestida e a forma como sorria por cima do ombro. O casaco vermelho que lhe dava um ar atrevido e as mãos claras que lhe davam um ar delicado.
O rapaz seguiu para a rua, no sentido contrário, em direcção ao arco do triunfo sem perceber o que acabava de acontecer.
Marie andava pela rua a passo rápido, quase a correr, como se fugisse da própria sina. Como se fugisse de alguém que a quisesse mal. Sem saber porquê permanecia uma vontade de voltar. Voltou! Correu pela rua e quando finalmente fugindo ao frio entrou pela porta do café percebeu que ele não estava lá. “O rapaz que estava aqui sentado comigo?”, “Saiu agora mesmo”.
Correu no sentido contrário, correu, procurou e no meio da multidão era impossível encontra-lo. Desistiu e no dia seguinte voltou à mesma hora na esperança de o encontrar. “O rapaz que estava aqui ontem, não o viu?”. Perguntou todos os dias durante uma semana, durante um mês e um dia… desistiu e pensou “se eu soubesse o nome dele…”
Perguntava-se como podia ter ficado tão agarrada àquele momento. Perguntava o porquê de ele nunca ter voltado. Com o tempo resta uma recordação de uma manhã diferente de todas as outras. Se isto fosse um filme de Hollywood um dia ele teria voltado com uma óptima desculpa. Mas ele não voltou. E ela nunca o pode procurar, o pouco que sabia dele era que ele gostava de sol e que em criança sonhava ser astronauta. Tudo o resto que ele dissera ela já tinha esquecido com o tempo. Ele nunca lhe disse o nome e ela sabia que se ele quisesse encontrava-a mas ainda assim ele parece não a ter procurado.
Ele era um jornalista, e ela, uma celebridade, talvez até tenha escrito artigos sobre ela. É provável que não tenha voltado por ter medo das suas incompatibilidades. Se calhar conhecia a sua falta de escrúpulos, e sabia que ia acabar por publicar o pior dela, um dia que acabassem. Talvez esta tenha sido a forma mais honesta de ele a amar.
E de guardar perpetuamente o desejo de ter beijado essa mulher, tão bonita, que uma manhã foi sua. Não é maravilhoso? Sentir que duas almas se fundem numa só?

“Talvez mais tarde, ou talvez noutra vida.” Acreditaram os dois rendidos à certeza de que esta história acabaria mais feliz se nunca acontecesse.

Explicaçao do nome e data de publicação da primeira história

Escolhi o nome Undisclosed Desires porque adoro os MUSE (que têm uma música chamada Undisclosed Desires) e porque aqui, irei revelar os meus "desejos" e sonhos :)

A primeira história irá ser publicada o mais depressa possível.



Obrigada :D

Apresentação :)

Olá a todos os meus visitantes :D

O meu nome é Carolina e já há muito tempo que pensava criar um blogue com as histórias e textos que escrevo, pois adoro escrever :)
Um dia que não fui à escola decidi, finalmente, criá-lo.

Irei postar semanalmente, se puder mais que uma vez, dependendo da afluência ao blog.

Espero que venham cá ler todos os meus posts e comentem de forma a que eu possa melhorar a minha escrita :)

Obrigada